TERAPIA DE CASAL

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O ser humano é iminentemente gregário. Entre as várias relações que tem ao longo da vida, as relações românticas emergem como uma das mais valorizadas e idealizadas. Entre estas, estão as relações conjugais. Em constante mudança, assumem hoje uma multiplicidade de formas e de organização.

Contrariamente ao que acontecia num passado já algo distante, atualmente é a intimidade que é tida como a essência das relações conjugais e são os fatores emocionais que estão no centro da decisão de dar início (e de manter) um compromisso conjugal. Contudo, somos seres complexos e contraditórios. À necessidade de intimidade, junta-se a necessidade de autonomia. Ao desejo de segurança e pertença, o de excitação e aventura. E é neste quadro, indelevelmente marcado pela ambivalência, que as relações de conjugalidade se desenvolvem, evoluem, mas dificilmente ficam imunes a crises.  Estas põem em risco o equilíbrio prévio do casal, mas são muitas vezes a oportunidade necessária para o desenvolvimento de respostas ajustadas e funcionais.

Assim, a satisfação, a qualidade da relação e o equilíbrio do sistema conjugal depende da capacidade dos seus elementos se adaptarem às mudanças, exigências e problemas com que se veem confrontados. Diria que, pela forma como são preconizadas, as relações de conjugalidade estão sujeitas a uma enorme pressão. Subjugados às exigências internas e externas, individuais e coletivas, os elementos do casal podem ver-se limitados nos seus recursos pessoais e nas vias para explorar soluções criativas e originais, autênticas e adequadas às suas circunstâncias.

O espaço terapéutico deve ser equacionado pelo casal quando o conjunto de respostas que consegue dar se esgotam numa comunicação repetitiva e estereotipada que não conduz à novidade e à resolução. Nesse sentido, as técnicas terapêuticas visam restabelecer uma comunicação eficaz e autêntica.  A comunicação, contudo, não deve ser tida como uma finalidade em si, mas antes como o meio para o renascimento de uma nova coerência para o sistema conjugal.