A angústia própria da existência e a tentativa de explicar e conter o sofrimento mobilizaram, desde os tempos mais primitivos, o ser humano para a relação e o encontro com o outro. Na era da ciência (e agora do digital), mantém-se ou reforça-se a urgência da reunião e do encontro com o outro. No paradigma atual, a psicoterapia e o psicoterapeuta ocupam o lugar central na ajuda ao paciente na procura da harmonia consigo próprio e com os outros.
As práticas usadas em psicoterapia são hoje, ou devem ser, baseadas em evidência científica e assentes em princípios psicológicos estabelecidos com o propósito de ajudar as pessoas a transformar comportamentos, pensamentos ou ações, bem como características pessoais, que considerem indesejáveis ou potenciadoras de mau-estar.
Existem vários modelos distintos de psicoterapia, com explicações próprias das perturbações psíquicas, mas todos possuem um objetivo comum: aliviar ou mitigar o sofrimento psicológico ou promover o desenvolvimento pessoal. Por fim, todas elas dependem ou desenvolvem-se no contexto de uma relação, seja individual ou em grupo. Contudo, esta relação tem uma intencionalidade clara e centra-se objetivamente na definição, explicação e resolução da problemática do paciente.
